terça-feira, 8 de março de 2016

O Dia Internacional das Mulheres veio de graça?

Meninas da Asteca vou fundamentar aqui o breve papo que tivemos nessa manhã sobre o glorioso Dia Internacional da Mulher.

A comemoração dessa data é da maior importância para as mulheres embora, grande parcela delas, talvez, nem saiba da existência dela, ou, se sabem, não conseguem atinar para sua importância, devido, entre outras coisas, a educação extremamente machista que recebem dos pais desde que nascem. 

E, não se trata de "maldade" propriamente dita dos pais, mas, pelo fato de toda a sociedade estrar impregnada dessa cultura. A qual tem a ver, com a ideia dos homens explorarem as mulheres. Seja como esposas ou companheiras, quando delegam a elas as tarefas domésticas: cozinhar, lavar, limpar a casa, cuidar dos filhos e, muitas vezes, tudo isto após uma extenuante jornada de, no mínimo, 8 horas de trabalho, mas algumas horas de sofrimento no transporte casa-trabalho-casa. Numa cidade como São Paulo, esse "sofrimento" pode chegar a 4 ou mais horas diárias!!!

E esses fatos se dão também quando meninas ou adolescentes na casa de seus pais. Diga-se de passagem, que, segundo John Stuart Mill, tão longe do comunismo quando a Terra de Plutão, afirmar que, as mulheres não só são educadas para servirem aos seus pais, irmãos, maridos, sogros, etc., como o pior disto, são educadas para "desejarem fazê-lo", razão pela qual, a maioria das mulheres, sem querer, acaba defendendo o machismo, ou seja, sua própria escravização.

O capitalismo apoiou e rapidamente, a direito da mulher trabalhar. Na década de 1940, no Brasil, uma película cinematográfica tinha uma música, cuja letra começava assim: "As moças precisam trabalhar, já foi o tempo da titia"... Por quê? Porque pais e maridos não queriam que suas filhas ou esposas trabalhassem para evitar que elas fossem "cantadas" pelos homens ou patrões... Ou seja, querendo ou não os homens sabem muito bem dos efeitos do machismo.

Mas, os patrões queriam "libertar" a mulher. Libertar para explorar seu trabalho, cuja qualidade vem ser mostrando, cada vez mais, como ótima, melhor do que a dos homens e, o principal, por salários baixos, e disciplina muito boa. Aí, melhor do que isso, só "mamão com açúcar", segundo palavras do estivador e liderança dos trabalhadores do Porto, Geraldão.

Assim, ao contrário do que pregam pastores e padres, ninguém fez a mulher para ser subalterna, escrava dos homens. A mulher deve lutar e com toda firmeza e valentia contra sua exploração, seja onde for. Deve exigir seu direito ao aborto, seu direito ao sexo livre, enfim, todos os direitos que, como seres humanos, ela deve ter no mínimo, iguais aos homens.

A seguir, transcrevo um trecho colhido na Wikipédia sobre o Dia Internacional da Mulher:

"A ideia de criar o Dia da Mulher surgiu nos primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos[1] e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto. Inspirada por esse espírito, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs à Segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhagen, 1876, a instituição do Dia Internacional da Mulher.
Posteriormente, em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram marcadas por manifestações de trabalhadoras russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917.[2] [3]
O Dia Internacional da Mulher e a data de 8 de março são comummente associados a dois fatos históricos que teriam dado origem à comemoração. O primeiro deles seria uma manifestação das operárias do setor têxtil nova-iorquino ocorrida em 8 de março de 1857 (segundo outras versões, em 1908), quando trabalhadoras ocuparam uma fábrica, em protesto contra as más condições de trabalho. A manifestação teria sido reprimida com extrema violência. Segundo essa versão, as operárias foram trancadas dentro do prédio, o qual foi, então, incendiado. Em consequência, cerca de 130 mulheres morreram. 
O outro acontecimento é o incêndio de uma fábrica, ocorrido na mesma data e na mesma cidade. Não existe consenso historiográfico quanto a esses dois fatos, nem sequer sobre as datas, o que gerou mitos sobre esses acontecimentos. Alguns historiadores afirmam que o incêndio de 1857 não ocorreu (pelo menos, não naquela data), e defendem a ideia de que o incêndio relacionado ao Dia Internacional da Mulher fora, de fato, o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, em Nova York, no dia 25 de março de 1911 (ou seja, um ano depois de a proposta de criação do Dia Internacional da Mulher ser apresentada por Clara Zetkin, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhague). A Triangle empregava 600 trabalhadores, em sua maioria mulheres imigrantes. Na tragédia, 146 pessoas morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens.[4]
Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária.
Nos países ocidentais, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920. Depois, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917,[4] costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.
Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.[5]".
Portanto, avante, mulheres. Não se deixem enganar por religiões nem por ninguém. Lutem com todo vigor por seus direitos, suas mais sentidas reivindicações, e, mais ainda, pelo respeito que merecem de toda a sociedade.
Viva o Dia Internacional da Mulher!
 José Augusto Azeredo


Um comentário:

  1. Obrigada Sr José Augusto, quem dera se todas as mulheres soubessem a força que tem, talvés não houvesse tanta violência e abusos.
    Janete

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