O advogado Roberto Teixeira repudiou a matéria do jornal O Globo, da família Marinho, classificando como "ilações" sobre a sua atuação como advogado na defesa de Fernando Bittar em relação a um sítio na cidade de Atibaia (SP).
Segundo Teixeira, Emílio Odebrecht citou em depoimento "sociedade privada" com a Globo |
A manifestação de Teixeira refere-se à reportagem intitulada "Advogado de Lula fez contrato falso para ocultar sítio, diz delator”, que afirma que foram elaborados contratos fictícios com a empresa Odebrecht em torno do sítio de Atibaia.
Teixeira enfatiza que o jornal mentiu para seus leitores, pois "nem as delações sem provas de executivos da Odebrecht afirmam que existiu esse tipo de fraude".
"Essa afirmação não corresponde sequer às versões unilaterais e sem valor probatório dos delatores Alexandrino Alencar e Emyr Costa. Não há nos depoimentos por eles prestados qualquer declaração de que eu tenha feito um contrato falso", afirma o advogado, reforçando que a sua atuação seguiu "exatamente os mesmos padrões éticos e legais que observo há 47 anos no exercício ininterrupto da profissão".
O defensor também aponta que além de mentir, o jornal "esconde a afirmação do delator Emílio Odebrecht de que o grupo empresarial - do qual o jornal faz parte - teve uma sociedade privada com o Grupo Odebrecht para facilitar decisões de governo no período do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso".
Minuciosamente, Teixeira indica que no minuto 12 do vídeo que trata do anexo sobre FHC, Emílio afirma: "(...) nós ajudamos a quebra do monopólio. Inclusive sobre a parte de telecomunicações, nós chegamos a montar uma sociedade privada, se não me engano três ou quatro empresas, uma delas era até a Globo (...) para buscar todas as informações e embasamento do que ocorria no mundo para que isso facilitasse aquilo que era decisão de governo (FHC) de quebra do monopólio de telecomunicações, de petróleo e outras coisas. (...) assuntos que nós acreditávamos e que eram prioridade para o governo (...)”.
Segundo o advogado, a afirmação de Emílio Odebrecht pode, em tese, "configurar a prática de um crime, e por isso deve ser esclarecida e investigada".
Do Portal Vermelho
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