09/04/2017
Para o estudioso de Marx, há uma importante relação entre a acumulação do capital e a utilização atual de várias formas de energia.
Lembro, que, inicialmente, a energia era apenas animal. Mas, hoje, ela se sofisticou à acumulação do capital.
A desigualdade social inicial apresenta-se na interação entre o desperdício ao norte e a escassez ao sul. Inclusive de energia.
O caso mais aberrante seria a dependência dos países de capitalismo mais avançados ao petróleo e à eletricidade.
Esses dois tipos de energia, protegidos pela nuclear, do que possa estar além de seus interesses, congrega as empresas mais ricas no terreno transnacional.
Não há como os países de capitalismo mais avançado funcionarem sem petróleo e eletricidade, sejam automóveis, aviões e computadores.
Então, para a sua segurança, mas também para a sua ganância de lucros máximos e imediatos, na desigualdade social inicial, cercam-se de bases e de frotas com armamento nuclear, aliás outro “orçamento” muito elevado para os impostos pagos pela classe trabalhadora.
A relação entre a acumulação do capital nacional-transnacional por todo o mundo e o uso ou abuso da energia, talvez mereça estudo mais detalhado.
Observem que, se a posse de tal poder energético é um ponto forte dos países ricos, contudo, os torna reféns da sua dependência !
Sem petróleo e eletricidade, tudo para. E até quando, o mundo como o conhecemos, com automóveis e aviões, vai se manter? Provavelmente, ainda dura muito! E o capital, preservando as suas jazidas, vai buscar o óleo onde ele estiver a fim de preservá-las. Mesmo onde o petróleo não lhe pertence.
Por outro lado, a descentralização da Arpanet, que teria servido para criar as redes sociais posteriormente, envolveria a estratégia de evitar o colapso das informações em caso de guerra nuclear. Sem eletricidade, também descentralizada, não se conseguiria ligar um PC.
Ignoro como está o mundo no momento a respeito de tais circunstâncias. Entendo que a energia reflete a crise estrutural do capital de forma qualitativa com essa “saída” extremamente absurda de colocar o petróleo e a eletricidade sob os cuidados da... energia atômica. Não é algo muito perverso ?
Seria assim ?
Fernando Neto
Ilvaneri Penteado - Jornalista - Rio de Janeiro
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