17/09/2017
Fundamentando a história na luta de classes, atentando na importância científica da categoria classe social e enfatizando a existência dos mais pobres do proletariado e do campesinato, há que pensar neles.
E é a diferença entre as cabeças que se orientam, ora pelo capital, ora pelo trabalho.
O que hão de pensar, atualmente, em nosso país, o operário e o camponês sobre a crise política?
Coloquem-se na posição deles! A exclusão social que beneficia as ricas minorias burguesas com algum conhecimento, dificilmente lhes permitiu o estudo para a percepção adequada do momento social.
Se para os mais cultos a situação parece tão complexa, quanto mais para os que não possuem muita cultura.
Ao olhar simplório do simples, vou dirigir simplicidades...
O Partido dos Trabalhadores ao chegar ao governo eleito pelo povo, não chegou ao poder.
Mas tinha o seu projeto virtuoso de poder! E ele chegou a se manifestar junto aos menos favorecidos durante alguns anos, mas não pode ir adiante porque obstado pelo “impeachment” da má-fé.
As lideranças que ensaiavam substituir Lula eram Dirceu e Palocci. Mas, não no governo, no cenário de reformas estruturais justamente pelo projeto virtuoso de poder.
Aí é que o capital comprometeu o progresso do trabalhismo abortando as suas conquistas.
Creio que já vimos a esquerda esfacelada, destruída, esmagada, torturada e morta ao insepulto ! Esquerda aprisionada a absurdas contradições semeadas pelo capital insinuado em todo o canto. É um refluxo histórico indesejado que coloca os lideres à mercê de contradições e intrigas.
Devo dirigir à esperança do proletariado e do campesinato a lembrança do voto. Embora uma limitação, é a forma de se exercer a democracia e contestar as maracutaias do capital.
Quando o país, durante os governos do PT, constata a dita corrupção sistêmica, porque senão nem se sabia dela, devemos defini-la.
E é, certamente, o que vai das mais-valias interna e externa às aventuras do capital financeiro.
O que pode ter ocorrido aos representantes de todas as classes sociais, inclusive e principalmente as mais pobres, é ter combatido “fogo contra fogo”. Líderes trabalhistas são programaticamente infensos à corrupção como é bem definida. Já, os do capital, são como que organicamente corruptos. Não representam senão a si mesmos e as minorias de apaniguados.
Pinto o retrato formal do que foi parar na nossa justiça burguesa e “se ateve à legalidade à qualquer custo”.
Já vimos a esquerda, assim, desconstruída. E ela tem de contar com as classes que representa na cidade e no campo.
O exercício do Direito não resiste a qualquer veredito de encarceramento, quando se coloca acima da luta de classes !
Observem o que se dá na história de lutas passadas!
Ainda não é diferente. Mas as coisas não são o que parecem. O capital é poderoso, isto é, o seu projeto criminoso de poder continua oprimindo, confundindo, desmoralizando, intrigando, torturando, matando os líderes que contestam a sua voracidade egoísta de lucros.
O confronto do que se dá na luta armada e na luta política, evoca apenas uma transição de qualidades, mas não de quantidades. Em favor da corrupção capitalista...
O materialismo histórico nos induz à dialética e ela nos permite, afinal, em certos momentos como esse, admitir a momentânea impossibilidade do sonho.
Não devemos nos deixar levar pelas aparências. Elas enganam.
Fernando Neto
PT RJ n º 1741303
Ilvaneri Penteado - Jornalista - Rio de Janeiro
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