"A greve continua por tempo indeterminado, até que a empresa negocie nossas reivindicações", afirma Carlos Albino de Rezende Jr, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat), em Goiás. Ele explica que as a pauta inclui um pacote com reajuste salarial, abono de R$ 3.500,00, aumento no vale-mercado para R$ 400,00 (hoje está em R$ 356,00) e PLR no valor de R$ 7 mil.
Na negociação da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), que vem se arrastando desde março, a Mitsubishi tentou impor uma comissão, sem a presença sindical, mas teve de recuar ante a pressão da entidade. Devido a essa atitude da empresa, o Simecat receia que a montadora pretenda, desde já, impor a reforma trabalhista, ou seja, cortar direitos e excluir a entidade das negociações. Portanto, a greve visa, também, garantir a Convenção Coletiva.
Sindicalistas de diversas partes do País se deslocaram até a cidade e apoiam a mobilização.
As dificuldades impostas pela multinacional às negociações já haviam sido expostas pelo presidente do Simecat, na plenária nacional do movimento Brasil Metalúrgico, dia 29 de setembro em São Paulo, quando Albino alertou para a iminência da paralisação.
Apoio - Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), falou de Catalão à Agência Sindical: "Nosso objetivo é impedir a imposição da reforma trabalhista à Convenção dos companheiros. O movimento Brasil Metalúrgico se encontra presente e outros dirigentes estão a caminho de Catalão". Miguel defende uma solução negociada.
Segundo Evandro Pereira, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, que está nacidade em apoio aos metalúrgicos da Mitsubishi, o movimento é forte e a adesão do setor de produção foi total.
Mais informações: www.simecat.org.br
Repórter Sindical
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