terça-feira, 17 de outubro de 2017

O que acontece quando duas estrelas de nêutron colidem?




A Fundação Nacional da Ciência dos EUA (NSF) reuniu jornalistas em Washington D.C. nesta segunda-feira (16) para anunciar uma novidade envolvendo o LIGO (EUA) e Virgo (Itália). Essa notícia envolve ondas gravitacionais da colisão de estrelas de nêutron que foram detectadas no dia 17 de agosto de 2017.

Mais uma vez, cientistas detectaram ondas gravitacionais, as ondulações no espaço-tempo criadas por objetos que se movem no Universo. Ao contrário das observações anteriores, o acontecimento também foi detectado por telescópios de luz comum.

Essa fonte de ondas gravitacionais foi chamada de GW170817, e é descrita como uma Kilonova, quando duas estrelas de nêutron se unem em um sistema binário.

Este acontecimento trouxe muitas informações para cientistas do mundo todo porque houve emissão de luz. As quatro detecções anteriores aconteceram em observações de buracos-negro, que não emitem luz. Já estas ondas foram criadas pela violenta colisão de duas estrelas que se movimentaram em trajetória espiralada antes de colidirem e criarem uma enorme bola de luz visível pelos telescópios da Terra.

Trabalho em equipe

Inicialmente, apenas o LIGO e Virgo captaram o acontecimento. Em questão de segundos, porém, toda a comunidade astrônoma mundial foi mobilizada, e em pouco tempo milhares de astrônomos que operam 70 telescópios estavam de olho no espaço. O evento continuou sendo observado por semanas, acompanhando os restos explosivos da colisão.

Até agora, apenas a luz era ferramenta de trabalho dos astrônomos para estudar objetos no espaço. Agora, tanto a luz quanto as ondas gravitacionais podem ser usadas para estudar acontecimentos celestiais, marcando o início de uma nova era chamada de “Astronomia de multi-mensagem” [The Verge, Space.com]

Confira animação preparada pela NASA da colisão chamada GW170817:



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