Depois da frase de István Mészáros em seu livro “ Século XXI, socialismo ou barbárie” : “o futuro do socialismo será decidido nos Estados Unidos, por mais pessimista que isso possa parecer. Tento mostrar isso na última parte de “Power of Ideology”, no qual discuto o problema da universalidade. Ou o socialismo se afirma universalmente e de forma a incorporar todas as áreas, inclusive as áreas capitalistas mais desenvolvidas do mundo, ou estará condenado ao fracasso .”, passei a me interessar pela história dos Estados Unidos.
Atualmente, estou lendo a biografia de Benjamin Franklin, considerado um dos seus pais fundadores.
E, ainda na página 179, noto que ele não era inicialmente nem republicano, nem abolicionista, como foi se tornando aos poucos.
A minha leitura ocorre na esperança de, páginas à frente, encontrar nele, em sua dialética histórica e pessoal, o proto-socialismo, que, em tal figura imortal, nos permitiria vê-lo hoje aspirando outra economia-política para a nação que fundou.
Não sei como se poderia pensar em integração americana no sentido do “monroísmo”, a ironia de uma América para os americanos do norte...
Na verdade, os valores humanistas na categoria social, ao transcenderem religiões, raças, etnias, culturas e nacionalidades só poderiam se afirmar pela globalização econômica, e não financeira. Pelo investimento do dinheiro na necessidade, não no lucro máximo e imediato.
Quem seria Benjamin Franklin, hoje ? O que pensaria dos candidatos às eleições em seu amado país ?
Tem-se a impressão que nós da América Latina, ao lutarmos pela sua integração estamos mais afinados com a globalização econômica de um mundo menos desigual do que os que se esforçam por unir a América Latina em certo isolamento político, mas que coincide com a permanência da expansão da acumulação do capital em outros continentes, então conflagrados pela anarquia de mercado.
Se os EUA – política e economicamente – são a hegemonia do mundo, eles são os responsáveis em grande parte pela globalização financeira, não somente a globalização econômica.
Dentro, eles se isolam, ora conosco, ora sem nós; fora, eles são o capital nacional -transnacional em expansão destrutiva e militarizada.
Vou continuar lendo a biografia de Franklin, da autoria de Walter Isaacson. Benjamin está evoluindo, evoluindo...
Seria assim ?
Fernando Neto
Fonte : Ilvaneri Penteado - Jornalista - Rio de Janeiro
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