domingo, 10 de abril de 2016

“Lava Jato não pode estar a serviço de correntes políticas”


Jornalista Janio de Freitas lembra caso histórico do jornalismo de 1994, quando um casal dono de uma escola infantil teve a vida arruinada após ser acusado de fazer orgias sexuais com as crianças, o que ficou provado ser mentira; "Os 'vazamentos' da Lava Jato, da Zelotes e outros seguem o mesmo padrão do caso Escola Base: um policial/procurador diz, é o suficiente", compara; ele lembra que há, "agora, um agravante sobre o caso anterior: o direcionamento"

10 de Abril de 2016

247 – O jornalista Janio de Freitas recorda um caso histórico no jornalismo para criticar o "direcionamento" da Operação Lava Jato em sua coluna deste domingo 10. Em 1994, um casal dono de uma escola infantil teve a vida arruinada após ser acusado de fazer orgias sexuais com as crianças, o que foi provado ser uma mentira, o famoso caso Escola Base.

"Os 'vazamentos' da Lava Jato, da Zelotes e outros seguem o mesmo padrão do caso Escola Base: um policial/procurador diz, é o suficiente", compara Janio. Ele lembra que há, "agora, um agravante sobre o caso anterior: o direcionamento". "A seletividade dos 'vazamentos' originários da Lava Jato incorpora-se à crescente imoralidade política: a Lava Jato é uma função do Estado, e não pode estar a serviço de correntes políticas e ideológicas", destaca.

"Por que o escarcéu só com alguns dos apontados pelo ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo, como recebedores de dinheiro do consócio construtor da usina Belo Monte? Por que embaralhar doações legais e ilegais, pagamentos e caixa dois? Não é decente", critica o jornalista. "Em nada prejudicariam a Lava Jato e a imprensa as práticas, de parte a parte, respeitosas das leis pela primeira e da ética pela segunda", completa.

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