domingo, 21 de maio de 2017

Brizola em discurso histórico convoca jovens à revolução. Assista ao vídeo


Hoje às 12h30 - Atualizada hoje às 12h35

Político faleceu logo após brilhante aparição pública

Considerado o herdeiro político de Getúlio Vargas e de João Goulart, dois ex-presidentes do Brasil, Leonel de Moura Brizola foi um dos mais destacados líderes nacionalistas do país. Ex-governador do Rio Grande do Sul, onde iniciou a sua carreira política, e do Rio de Janeiro, onde fixou residência em meados da década de 60, Brizola nasceu no dia 22 de janeiro de 1922, no povoado de Cruzinha, que pertencia a Passo Fundo (RS).

Radical e combativo, ele permanentemente cerrou fileiras na vanguarda das lutas democráticas, sobretudo na época da ditadura militar, quando amargou implacável perseguição política e duros anos de exílio. Contudo, nunca abriu mão de seus ideais políticos, aos quais, diga-se de passagem, permanceu fiel até o último momento de sua vida. 

Era um nacionalista arraigado na defesa da soberania nacional e um crítico renitente da interferência do capital internacional no controle do setores estratégicos da economia brasileira. Leonel Brizola foi o verdadeiro herdeiro do legado político do ex-Presidente Getúlio Vargas, fundador e caudilho do trabalhismo no Brasil. 

Foi, também, o principal sustentáculo político do ex-Presidente João Goulart, cuja posse defendeu com destemor no episódio da renúncia de Jânio Quadros e que acabou resultando na rápida experiência do parlamentarismo no País. 

À época, ao lado de Governadores como o goiano Mauro Borges e o pernambucano Miguel Arraes, liderou a cadeia da legalidade, um movimento que mobilizou a atenção da opinião pública e revelou ao Brasil a dimensão e a consistência política de Brizola.

Entre os grandes feitos de Brizola, destaco a criação, no Rio de Janeiro, dos Centros Integrados de Educação Pública, popularizados como CIEPs. Concebidos juntamento com o Prof. Darcy Ribeiro e projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer, os CIEPs revolucionaram a educação pública no Brasil e abriram caminho para uma abordagem moderna e substantiva do processo de atendimento à infância no nosso País através da educação integral, ou seja, combinando-se pedagogia, alimentação, saúde e atividades físicas.

Brizola morreu aos 82 anos no dia 21 de junho de 2004, de infarto decorrente de complicações infecciosas, no Rio de Janeiro.

Jornal do Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário