30/11/2017
Embora sem pretensões, sempre se pode ser contestado pelo debate, gostaria de pensar um pouco sobre o fascismo, inclusive o brasileiro.
Consciência social perversa, já se adianta, contudo, em pensar o país e o mundo, com cabeças não exatamente imunes ao convencimento da prioridade social e o "pleonasmo" do socialismo...
Diz-se o fascismo o autoritarismo, o racismo e a exacerbação nacionalista.
Queria observar as contradições desta última! As mesmas que vimos pelos golpes de 64 e 69 e, mesmo agora, quando do "impeachment" da presidente eleita.
Temo que o fascismo seja o braço armado capital e, das suas máscaras, a mais hipócrita !
O fascismo não é qualquer nacionalismo, mas a terceirização do poder capitalista em função da falsa necessidade criada pela estratégia oportunista da acumulação do capital.
Conta com a grande mídia e seleciona a informação como bem entende a nos fazer pensar que os seus "factoides", as estatísticas manipuladas e os "feed-back" com o povo: notícia-cidadão-notícia etc. são a realidade que existe e que há de se transformar.
Dizia Jose Martí : Pátria es humanidad!"
E a frase mostra a diferença entre a pureza ideológica do socialismo, que, sem ser um anarquismo, persiste, desde já, na crítica do Estado, um mal necessário a subsumir.
Já o fascismo não só atinge o ufanismo do patriotismo autoritário e racista, como mantém um secreto compromisso com o capital nacional-transnacional.
É preciso fazer essa crítica à luz da consideração do que sejam igualmente Estado, capital e trabalho, como quer o filósofo.
E tal sustentação e cotejo, entre duas visões tão socialmente aguerridas, apresenta fartos exemplos históricos, inclusive os citados acima!
O nacionalismo do projeto autoritário e racista de poder nos atraiçoará sempre por não ser um verdadeiro nacionalismo, mas um exibicionismo fátuo e transitório, um... "milagre nacional".
Daí que sob os "condottieri" reina uma tranquilidade aparente e as contas parecem fechar. É que os lucros máximos e imediatos do capital voltaram a ser satisfeitos sem qualquer contestação dos líderes dos oprimidos.
Hoje, por ex., é notório que, entre os seus adversários, há os que viajam à sede do capital a comporem com ele o seu futuro político. Una-se aos bons e seja um deles!
Não ! Acho que o fascismo apresenta tal calcanhar de Aquiles, apenas se diz nacionalista, passa por nacionalista, jura-se nacionalista, mas não é.
O socialismo se diz internacionalista, mas em seu patriotismo crítico, ao priorizar as classes mais pobres, é bem mais patriota e, como tal, nacionalista.
"Patria es humanidad!"
Fernando Neto
Nenhum comentário:
Postar um comentário