quinta-feira, 21 de junho de 2018

Anão diplomático: o silêncio obsequioso de Aloysio diante das crianças brasileiras enjauladas por Trump

Vai ver que o cara no aeroporto de Miami tira até as calças se os SS mandarem....

Por Kiko Nogueira
Publicado por Kiko Nogueira
- 21 de junho de 2018


Anão diplomático


Quarenta e nove crianças brasileiras foram apartadas dos pais ao ingressarem ilegalmente nos Estados Unidos, segundo o cônsul-geral adjunto em Houston, Felipe Santarosa.

Santarosa contou à EBC de uma mãe presa que não sabia onde estavam os filhos.

Os adultos responsáveis, diz ele, devem contatar o serviço de assistência consular do Itamaraty, como se se tratasse de ir ao orelhão mais próximo.

A separação de famílias de imigrantes na fronteira dos EUA com o México, resultado da política de “tolerância zero” adotada por Donald Trump, causou uma onda de comoção mundial.

Em seis semanas, mais de 2 mil meninos e meninas, incluindo bebês, foram segregados e levados para “abrigos” — na verdade, jaulas improvisadas.

A reação dentro e fora de seu país levou Trump a recuar e assinar um decreto para juntar os familiares. 

Como isso será feito, se é que será feito, são outros quinhentos dólares.

Por aqui, chamou atenção o apoio da nossa direita indigente e xenófoba a Trump e, notadamente, a covardia inepta do governo Temer.




Uma nota tímida do Ministério das Relações Exteriores critica a “prática cruel e em clara dissonância com instrumentos internacionais de proteção aos direitos da criança”.

O valente chanceler Aloysio Nunes está em silêncio obsequioso há dias.

Em 2016, Aloysio escreveu no Twitter que Trump era “o Partido Republicano de porre. É o que há de pior, de mais incontrolado, de mais exacerbado entre os integrantes de seu partido”.

“Agora é observar como é que ele se comporta na Presidência”.

Bem, ele se comporta exatamente da maneira esperada. Aloysio também.

Em meio ao clamor internacional, ele continua falando da Venezuela.

Seu último recado nas redes sociais, em que é bastante ativo, trata do resultado de sessão de votação na OEA “que abre caminho para suspensão da Venezuela”.

A maioria das nações aqui representadas, diz ele, “rechaça o autoritarismo e apoia a democracia”.

Autoritarismo e democracia deveriam ser valores absolutos e não relativos.

Chico Buarque afirmou há quatro anos que “este é um governo que não fala fino com os Estados Unidos nem grosso com a Bolívia”.

Invertemos essa lógica esplendidamente. O Brasil cumpre seu destino de anão diplomático.

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