O Facebook tem dois escritórios centrais. Um se situa nos EUA, e controla tanto o mercado local como o canadense, e o outro na Irlanda, fazendo o mesmo com os usuários ao redor do mundo, disse à Sputnik Mundo Cédric Laurant, diretor da associação civil mexicana Artículo 12.
"Isso quer dizer que por ter um escritório na Irlanda, o Facebook teve que cumprir a legislação europeia sobre protecção de dados, e todos os usuários — argentinos, mexicanos, africanos, asiáticos, exceto os dos EUA e Canadá, poderiam contar com ela", explicou.
É uma regulação mais garantida, que modifica o chamado "princípio da responsabilidade proativa". A partir de agora, as empresas devem ser capazes de demonstrar em todos os momentos que cumprem os regulamentos e tomam as precauções necessárias para que os dados pessoais não sejam manipulados. "Mas eles perceberam, obviamente, que isso poderia causar problemas, porque os usuários em todo o mundo teriam mais direitos graças aos regulamentos europeus. Então eles decidiram limitar o acesso a esta lei apenas aos residentes da União Europeia", argumenta.
Desta maneira, a partir de 25 de maio "as pessoas que estão na Europa terão um melhor tratamento pelo Facebook do que o resto do mundo que usa o Facebook".
O ativista realçou que esta situação é inaceitável e relembrou que há estudos que mostram como, com 120 curtidas, "o Facebook sabe mais sobre nós que nosso melhor amigo, marido ou esposa".
*** Com Sputnik
Jornal do Brasil
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