quinta-feira, 2 de maio de 2019

GOLPE CONTRA DILMA PRODUZ DÉCADA PERDIDA NA ECONOMIA



O golpe contra o mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, foi dado sob a promessa de fazer o país voltar a crescer; mas de acordo as análises econômica mais otimistas, a retomada do crescimento só deve voltar ao nível anterior à recessão de 2014 no terceiro trimestre de 2023, quase uma década depois do golpe

Até lá você continuará desempregado ou ganhando meio salário mínimo como promete, e garbosamente, o capitão que você elegeu, seu mané...


2 DE MAIO DE 2019 ÀS 08:16

247 - O golpe contra o mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, foi dado sob a promessa de fazer o país voltar a crescer; mas de acordo as análises econômica mais otimistas, a retomada do crescimento só deve voltar ao nível anterior à recessão de 2014 no terceiro trimestre de 2023, quase uma década depois do golpe. A informação foi publicado no jornal Valor Econômico num estudo feito pelos economistas Gilberto Borça Jr., Ricardo de Menezes Barboza e Mauricio Furtado, baseando-se em dados do Comitê de Datação de Ciclos Econômico da Fundação Getulio Vargas (Codace).

No levantamento, os especialistas apontam uma queda contínua do Produto Interno Bruto (PIB) por quase três anos, comparando a recessão mais recente às outras oito enfrentadas pelo país desde a década de 1980. Segundo eles, trata-se de uma lentidão na recuperação sem precedentes. 

"Em média, nossas recessões são relativamente rápidas, duram cerca de quatro trimestres, e a recuperação é relativamente breve e ocorre de maneira linear", observa Gilberto Borça. "A recessão atual, além de ser muito profunda, está durando muito: passados quase cinco anos, ainda estamos muito abaixo do pico pré-recessão", completou.

De acordo com a reportagem, as duas mais longas e profundas recessões desde a década de 1980, antes da atual, foram a da crise da dívida externa, de 1981 a 1983, e a do governo Collor, de 1989 a 1992. Nelas, o PIB caiu respectivamente 8,5% e 7,7%, a duração da recessão foi de nove e 11 trimestres e o tempo para o produto voltar ao que era antes foi de sete trimestres para ambas. Atualmente, a queda do PIB chegou a 8,2%, a duração da recessão foi de 11 trimestres e a recuperação pode levar 38 trimestres, ou seja, nove anos e meio se o ritmo de crescimento atual se manter.

Borça estima que para esse ano o crescimento não passa de algo mais próximo de 1%, apenas repetindo 2017 e 2018 ou nem isso.

O estudo reforça que, na média das recessões brasileiras, a recuperação do PIB ao nível pré-crise geralmente ocorre sete trimestres depois de seu início. "Já o nível atual do PIB, após 19 trimestres do início da contração, ainda está mais de 5% abaixo do que era no início de 2014 e 12,6% inferior ao padrão histórico de recuperação", enfatiza a reportagem.

O desemprego elevado e, por consequência, a redução do consumo, somam-se a política do Estado mínimo com investimento público abaixo do mínimo necessário para repor o estoque de capital, tem efeito direto na recuperação econômica.

"Há questões associadas ao mercado de trabalho: com o desemprego muito alto e o desalento, as pessoas perdem capacitação, então a produtividade dos trabalhadores piora", cita Furtado.

Borça acrescenta ainda que a queda da popularidade do presidente Jair Bolsonaro aumenta a dificuldade do governo de aglutinar uma base aliada, comprometendo a aprovação de reformas, que o governo diz ser a solução da lavoura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário