Poucas obras públicas foram tão politizadas como a construção do Aeroporto Glauber Rocha em Vitória da Conquista. Planejada, decidida e iniciada no momento em que Conquista era comandada pelo ex-prefeito Guilherme Menezes, a Bahia pelo ex-governador Jacques Wagner, e o Brasil tinha na Presidência da República, a ex-presidenta golpeada e afastada Dilma Roussef.
Apesar da maior parte da
classe média e do empresariado
aglutinados no movimento “Conquista Pode Voar mais Alto” apoiarem decididamente o projeto, os
inconsequentes opositores do PT, desde o início, amedrontaram-se com receio dos
possíveis benefícios políticos que a obra poderia trazer para as forças
democráticas e populares que então governavam Conquista, a Bahia e o Brasil.
De tal forma, foi falsamente
politizada a “questão aeroporto”, que, até, obra que julgo mais importante foi
totalmente eclipsada, no caso, a extensão da rede sanitária de esgoto que
tornou a área urbana do município uma das mais saneadas do Brasil. E, observem,
que não há muita diferença entre os valores e recursos dispendidos nas
respectivas obras.
Enfim, um fica debaixo da terra e
a outra circula pelos ares sendo vista e apreciada por todos.
Claro, que longe desse artigo
diminuir a importância e necessidade do novo aeroporto em todos os sentidos,
mas trago a comparação apenas para analisar o comportamento faccioso daqueles
que parecem viver somente para negar e difamar as inegáveis conquistas e
avanços das administrações petistas.
No início, simplesmente, negavam
a possibilidade de construção do novo aeroporto. Ameaçavam constantemente com
ações judiciais para impedir a obra. Depois de problematizar a escolha do
local, pregavam que alguns estabelecimentos situados na área escolhida (fábrica
de farinha de ossos e a necessidade de adequação do frigorifico) deveriam se
recusar a deixar o local o que dificultaria as desapropriações. Propagavam
teses desfavoráveis à área selecionada e questões improcedentes sobre a
legislação territorial da necessária zona aeroportuária.
Enfim, aplicavam a tática de
duvidar e negar a construção do novo aeroporto.
Contando com a colaboração do
“Conquista Pode Voar mais Alto, o prefeito Guilherme juntamente com os
deputados José Raimundo, Waldenor, Fabricio e o governo da Bahia venceram todos
os obstáculos e a obra com percalços e atrasos terminou a estrutura básica e
finalizou o terminal de passageiros.
Com a obra concluída levantaram a
celeuma do acesso da BR-116 ao Aeroporto, exigindo a construção de um viaduto
no lugar da rotatória de acesso. Certamente o viaduto deverá ser erguido no
devido tempo, mas tal ação agora implicaria em atrasar enormemente a
operacionalização de um equipamento pronto, deixando-o em completo desuso.
Com o aeroporto pronto, a empresa
gestora definida, preparado para operação, data de inauguração marcada, esses
grupos e políticos comandados pelo prefeito Gusmão Pereira que tanto
dificultaram e tentaram impedir a obra por mesquinhos interesses políticos,
agora, arvoram-se de maneira descarada como os construtores, incentivadores e
pais da obra que tanto discordaram e combateram.
Os fatos aqui narrados são
recentes e estão na memória de todos. Com tantas andanças e reviravoltas, só
nos resta dizer que é muita “cara de pau” !
Edwaldo Alves Silva é filiado ao
PT.
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