sábado, 26 de outubro de 2019

"Haja terrorista", ironiza Fernando Brito, sobre a multidão que tomou as ruas do Chile

(Foto: Pedro Ugarte/AFP)

"Um mar de gente que, considerando-se a população de 18 milhões de chilenos e a de 209 milhões de brasileiros significaria ter aqui um ato com 11 milhões de pessoas", diz o editor do Tijolaço, que ironizou a crítica de Jair Bolsonaro aos protestos no Chile


26 de outubro de 2019, 05:44 h

Por Fernando Brito, editor do TijolaçoSegundo Jair Bolsonaro, os protestos no Chile são “atos terroristas”.

Haja terrorista.

Agora à tarde, 820 mil pessoas, segundo os cálculos da própria policia, reuniram-se nas Praça Itália e avenidas adjacentes.

Um mar de gente que, considerando-se a população de 18 milhões de chilenos e a de 209 milhões de brasileiros significaria ter aqui um ato com 11 milhões de pessoas. E foi o mesmo pelo resto do país.

Mas a direita burra, como é a do senhor Bolsonaro e a do títere norte-americano que ocupa o lugar de secretário-geral da OEA, Luís Almagro, preferem achar que tudo é obra de Nicolás Maduro.

Incrível como Maduro, num país arruinado e conflagrado, consegue fazer a esquerda ganhar as eleições na Bolívia e na Argentina, desestabilizar o Equador, responder pela agitação no Equador e no Chile e, de quebra, alugar o barco do Greenpeace para jogar petróleo na costa nordestina.

Mas, sem nenhum sinal objetivo de desordem pública, o presidente diz que as Forças Armadas devem se preparar para reprimir conflitos de rua.

Quais? Só se for os que ele está estimulando.

Este processo é perigoso e imprevisível. A população está “de saco cheio” de suas instituições políticas, acanalhadas, distantes dos seus problemas e ativas apenas no que é para retirar direitos.

As barbas do vizinho estão ardendo e vocês não colocam as suas de molho.


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