quarta-feira, 27 de maio de 2020

Da covid e outros bregueços

Nunca, nos últimos 100 anos pelo menos, mas acho eu que talvez mesmo em toda a história da humanidade deparamo-nos com uma pandemia dessa amplitude,


Embora em média os óbitos fiquem em torno de 3 a 6% dos infectados, ainda assim é muita gente morrendo.

Mas o que acelera e eleva o número de doentes não é a moléstia em si, mas a miséria causada pelo regime capitalista de produção.

Se não fosse tanta miséria, conjugada com uma renca de autoridades insensíveis, as consequências da covid 19 não seriam tão grandes e cruéis.

Por exemplo, apesar desse capitalismo insano e dessas classes dominantes mais insanas ainda, é possível senão evitar ao menos atenuar a tragédia.

O companheiro Eduardo Suplicy que, há mais de 20 anos levanta a sua bandeira da renda mínima tem esta antiga tese mais que comprovada.

Se o Governo brasileiro instituísse a concessão de, quando nada, um mísero salário mínimo para cada dos integrantes da Força de Trabalho a coisa não estaria resolvida claro, mas ao menos suavizada.

Mas aí os paulos guedes da vida se apressariam em gritar que não tem verba para isso, o Brasil vai quebrar!

Lembro que as impressoras da Casa da Moeda estão lá paradinhas só aguardando ordens para imprimir quanta grana for necessária...

E aproveito ainda para avisar aos navegantes que, nosso vizinho, a Argentina, acabou de rodar há pouco suas rotativas e o dinheiro injetado na economia resolveu suas agruras e melhor, não causou inflação alguma.

Até o trouxa aqui que se acostumou a ler e ouvir ao longo dos anos que emissão de moeda causa inflação, ficou embasbacado: não houve inflação repito.

E por quê? Não sei. Li algo à respeito, mas acho que preciso estudar muito ainda sobre o assunto.

Num capitalismo selvagem e desumano como o brasileiro, sem renda mínima as pessoas precisam sair de suas casas para trabalhar. E com isto exporem-se à contaminação nos ônibus, metro e trens.

O pior é que não estou vendo num horizonte próximo sequer o achatamento da curva dessa pandemia. No Brasil não. A linha continua ascendente firme e forte. No dizer do falecido governador de São Paulo quando foi candidato à presidência da República "para frente e para o alto".

Nem junho, nem julho nem outubro. Talvez lá para 2021 a curva se achate e surjam esperanças e condições concretas. Antes disso podem tirar o cavalo da chuva...
 Zé Augusto

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