Nunca, nos últimos 100 anos pelo menos, mas acho eu que talvez mesmo em toda a história da humanidade deparamo-nos com uma pandemia dessa amplitude,
Embora em
média os óbitos fiquem em torno de 3 a 6% dos infectados, ainda assim é muita
gente morrendo.
Mas o que
acelera e eleva o número de doentes não é a moléstia em si, mas a miséria
causada pelo regime capitalista de produção.
Se não
fosse tanta miséria, conjugada com uma renca de autoridades insensíveis, as
consequências da covid 19 não seriam tão grandes e cruéis.
Por
exemplo, apesar desse capitalismo insano e dessas classes dominantes mais
insanas ainda, é possível senão evitar ao menos atenuar a tragédia.
O
companheiro Eduardo Suplicy que, há mais de 20 anos levanta a sua bandeira da
renda mínima tem esta antiga tese mais que comprovada.
Se o
Governo brasileiro instituísse a concessão de, quando nada, um mísero salário
mínimo para cada dos integrantes da Força de Trabalho a coisa não estaria resolvida
claro, mas ao menos suavizada.
Mas aí os
paulos guedes da vida se apressariam em gritar que não tem verba para isso, o
Brasil vai quebrar!
Lembro
que as impressoras da Casa da Moeda estão lá paradinhas só aguardando ordens
para imprimir quanta grana for necessária...
E
aproveito ainda para avisar aos navegantes que, nosso vizinho, a Argentina,
acabou de rodar há pouco suas rotativas e o dinheiro injetado na economia
resolveu suas agruras e melhor, não causou inflação alguma.
Até o
trouxa aqui que se acostumou a ler e ouvir ao longo dos anos que emissão de
moeda causa inflação, ficou embasbacado: não houve inflação repito.
E por quê?
Não sei. Li algo à respeito, mas acho que preciso estudar muito ainda sobre o
assunto.
Num
capitalismo selvagem e desumano como o brasileiro, sem renda mínima as pessoas
precisam sair de suas casas para trabalhar. E com isto exporem-se à
contaminação nos ônibus, metro e trens.
O pior é
que não estou vendo num horizonte próximo sequer o achatamento da curva dessa
pandemia. No Brasil não. A linha continua ascendente firme e forte. No dizer do
falecido governador de São Paulo quando foi candidato à presidência da
República "para frente e para o alto".
Nem
junho, nem julho nem outubro. Talvez lá para 2021 a curva se achate e surjam
esperanças e condições concretas. Antes disso podem tirar o cavalo da chuva...
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