quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Judiciário sempre foi enrolado...

Lá por outubro ou novembro de 2015, o Procurador Geral da República encaminhou denúncia contra o Cunha. Naquela época, uma outra Procuradoria, a da Suiça já havia feito a conclusão de suas apurações com relação a um bando de vadios brasileiros, encaminhando para a daqui um alentado volume de acusações. 


Portanto, antes de dezembro de 2015 haviam provas cabais contra Eduardo Cunha, por sinal, velho conhecido da Justiça por ações perpetradas lá no Rio, das quais, conseguiu driblar o Judiciário tirando de letra. 

Ao encaminhar a denúncia, a PGR colocou a bomba no colo dos membros do Supemo Tribunal Federal. Ou seja, antes de dezembro, o STF dispunha de todas as provas das artimanhas de Cunha no Brasil e no exterior. 

Isto tudo, há longos 7 meses passados. 

E o que fizeram os doutros Juízes e o Procurador? Deixaram para tomar providências após as longas férias a que fazem juz aqueles que militam no âmbito do fazer justiça. Nós outros, simples mortais, não temos direito a 90 dias de férias. De alguns anos para cá, de 20 dias passamos para 30. Mas, deixa pra lá. 

Assim, temos que, se o Supremo tivesse cumprido com suas obrigações e apreciado e julgado o alentado Processo, o Cunha não teria tido a oportunidade de promover o maior escândalo da história do Congresso Nacional. Aprovar o impeachment da Dilma. Mas, como aquela turma toda foi gozar suas férias o julgamento ficou para este ano. 

Todavia, fevereiro chegou, comemorei festiva e regiamente meu aniversário, mas nem Procurador nem STF estavam aí para o Processo do Cunha. E foram deixando rolar até que, em 17 de abril promoveram aquele circo de horrores que deixou as pessoas de bem, no Brasil e no Exterior, de queixo caido. Nunca havíamos tanta sujeira e trapaças juntas. 

Eduardo Cunha e a coalizão de ladrões comemorou junto com a Mídia Jurássica, partidos de oposição, pessoas acometidas de alzeimer, de esclerose e outros mais, o primeiro grande passo para construir a Ponte para o Século 19. 

Agora em maio, depois que o Cunha cumpriu com o seu papel de coveiro da democracia e do Estado de Direito brasileiros, o Supremo Tribunal, julgou cunha e o destituiu da presidência da Câmara dos Deputados e cassou o seu mandato parlamentar. Com base em novas provas? Não. Com base nas mesmíssimas provas já colhidas em outubro de 2015!!!! 

E agora pergunto a vocês: por que agora e não há 7 meses passados? Por que agora, e não antes do Cunha apunhalar o Estado de Direito? 

Não sei. Mas, como estou muito velho para acreditar em Papai Noel, estou um tanto desconfiado de que, esse "pequeno" atraso no julgamento, apenas 7 meses, possa ter sido para dar tempo a ele de concluir seu trabalho sujo. 

Feita a imundice, retiraram-no do chiqueiro e, quem sabe, tentarão dar um aspecto mais limpo ao Golpe de Estado das elites brasileiras. 

O tanto que piorou de maio/2016 para cá...

Como finaliza sempre um nosso colunista aqui do Blog e do Asteca Informa, 

Seria assim? 
Zé Augusto

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