Nessa hora eu conversava com o Dr. Cassio Nogueira Martins sobre uma amiga médica, competente, séria e de um coração de ouro.
Não que o mundo estivesse alegre. Como poderia estar alegre com as estripulias do Bozo, do Biden e dos ex comunistas da Ucrânia e Europa Oriental?
De jeito nenhum.
Mas hoje ele conseguiu ficar pior ainda, muito pior mesmo. Porque nesta manhã Margarida nos deixou sem mais aquela e partiu diretamente da Embu das Artes para o além.
E logo agora quando a gente precisava mais dela. Dessa baiana muito braba, Revolucionária com R maiúsculo, lutadora pela democracia e pelo socialismo, pessoa muuuuuito honesta, doce e excelente.
Margarida passou os últimos anos, e bota anos nisso, lutando sem tréguas pelos direitos da mulher e dos jovens, pregando que a mulher tem direito ao aborto e a decidir soberanamente o que faze de seu corpo.
Fazia palestras no Brasil e no mundo sobre a sua temática preferida.
Que a mulher ao casar não é escrava do marido e sim companheira dele. Que a mulher deve trabalhar para não depender de homem nenhum.
Ela um dia há muitos anos passados “pegou o Ita no norte” e foi para a África trabalhar sem remuneração nos “Médicos sem fronteira’.
Margarida cobrava bem as consultas das suas pacientes mais abastadas para trabalhar de graça para a mulher que não podia lhe pagar.
Pergunto a vocês, quem faz isto? Nem os pobres têm a nobreza de agir assim. Em sua maioria não passam de uns muquiranas e egoístas.
Mas até agora não disse a vocês quem é essa Margarida que eu amo e adoro demais.
É a Dra, Margarida Maria da Silveira Barreto, médica ginecologista e um dos poucos profissionais que chamo de Doutor e com o D muito grande.
Ela cuidou da minha companheira Carmen nos últimos 30 anos pelo menos. E por ser minha amiga desde os anos 1980, quando almoçávamos com acompanhamento de uma “gelada” num restaurante que existia em frente ao Metro Liberdade, onde quebrávamos o pau na discussão política, nunca cobrou honorários.
Na primeira consulta rasgou o cheque da Carmen, e nas seguintes proibiu a sua secretária de receber honorários dela.
Ah, meu filho mais novo, o Yvon, nos últimos meses fazia – sem cobrar – comida congelada para ela e deixava na portaria do edifício para Margarida não ter condições de pagar a comida.
Além de nosso grande amor por ela foi o pouco que pudemos retribuir ao muito que ela fez pela nossa família.
Como somos materialistas não nos encontraremos no céu, mas cultivaremos a memória dessa heroína enquanto vivermos!
Ainda bem que, há uma semana atrás, se tanto. fiz essa declaração de amizade para ela ao vivo e em cores. Se tivesse demorado um pouco mais...
Zé Augusto
Asteca Contabilidade e Consultoria
Nenhum comentário:
Postar um comentário