segunda-feira, 9 de maio de 2022

Putin organiza desfile militar no 77º aniversário da Segunda Guerra



Enquanto guerra na Ucrânia continua, presidente russo irá liderar comemorações do chamado "Dia da Vitória" — data que celebra a vitória da então União Soviética ante a Alemanha nazista — nesta segunda-feira (9)

O presidente russo Vladimir Putin vai liderar as comemorações do aniversário da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista nesta segunda-feira (9), enquanto forças russas combatem ucranianos em um dos conflitos europeus mais mortíferos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, há 77 anos.


O presidente dos EUA, Joe Biden, classificou a invasão da Ucrânia por Putin como uma luta em uma batalha global muito mais ampla entre democracia e autocracia e repetidamente chamou Putin de criminoso de guerra. Em um discurso em Varsóvia em março, Biden disse que o ex-espião da KGB não pode permanecer no poder.

A Rússia nega as acusações ucranianas e ocidentais de que suas forças cometeram crimes de guerra desde a invasão de 24 de fevereiro.

A União Soviética perdeu 27 milhões de pessoas na Segunda Guerra Mundial, incluindo milhões na Ucrânia, mas acabou empurrando as forças nazistas de volta para Berlim, onde Hitler cometeu suicídio e a bandeira vermelha da vitória soviética foi erguida sobre o Reichstag em 1945.

Ao lado da derrota do imperador francês Napoleão Bonaparte em 1812, a derrota da Alemanha nazista é o triunfo militar mais reverenciado dos russos, embora ambas as invasões catastróficas do oeste tenham deixado a Rússia profundamente sensível sobre suas fronteiras ocidentais.

O Dia da Vitória é um feriado quase sagrado para os russos, pois a maioria das famílias soviéticas lamentou as perdas. Para os russos, a memória coletiva da guerra é um dos poucos eventos incontroversos em uma história tumultuada dividida por disputas.

Embora Putin tenha tentado deter o declínio das outrora poderosas forças armadas russas, o conflito na Ucrânia ilustrou a fraqueza das forças armadas do país. As perdas não são divulgadas publicamente, mas a Ucrânia diz que as perdas russas são piores do que os 15.000 soviéticos mortos na guerra soviético-afegã de 1979-1989.


CNNBRASIL

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