quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Getúlio Vargas é a memória de um povo, e sem história, podemos sufocar o destino



Nossa luta hoje é a reunião e coesão das forças democráticas para libertar o Brasil. Mais de dez partidos estão juntos com Lula pela democracia, pois também como Vargas não se rendeu. Não claudicou, não titubeou nem desistiu com as injustiças



Por João Vicente Goulart   Escrito en OPINIÃO el 24/8/2022 · 21:26 hs


O sofrimento faz parte daqueles que lutam com tenacidade e sabedores do seu destino, daqueles que não temem a morte e daqueles que sabem o lado certo da história.

A democracia, a legalidade, a justiça e a defesa intransigente do bem comum, é o gerador espiritual do homem que tem destino, do homem que tem a sabedoria que é a história, e não o julgamento eventual dos déspotas, que lhe farão o julgamento na condução de um povo, na condução de uma Nação de todos.

As injustiças passageiras da história, assimiladas com a grandeza do altruísmo, fazem parte da essência e do caráter do líder autêntico, desses homens que passam pela vida predestinados a fazer parte da memória coletiva do povo brasileiro, daqueles que fazem de suas vidas, um instrumento pleno da democracia, da liberdade e da justiça social, e de sua morte a certeza da permanência perene de sua luta intransigente pelos direitos dos trabalhadores brasileiros.

Hoje, 24 de agosto, não poderíamos deixar de lembrar o presidente Getúlio Vargas e suas conquistas sociais em favor do nacionalismo brasileiro e a dignidade do seu holocausto em defesa da justiça social.

Detenho-me aqui para serem lembrados nos 68 anos de sua morte, algumas das muitas conquistas obtidas pelos trabalhadores em seus governos.

No ano dos 200 anos de independência, faz-se mister lembrar neste dia, o grande documento histórico que nos legou Getúlio Vargas na sua Carta Testamento:

“Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre”.

"Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão”.

Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.

Não podemos esquecê-lo, pois suas realizações foram as maiores que qualquer outro governo tenha feito nos anos republicanos de nossa Pátria.

Criou o Departamento de Correios e Telégrafos, instituiu a Carteira de Trabalho, estabeleceu o voto secreto, o voto feminino e a justiça eleitoral no país, criou e implantou a CLT, e defendeu as medidas que garantiram os direitos trabalhistas na Constituição de 1934, criou o Código Florestal, fundou em 1941, a Companhia Siderúrgica Nacional, criou a Petrobrás, criou o BNDE (atual BNDES), regulamentou o trabalho do menor aprendiz.

É por esta trajetória que hoje homenageamos Getúlio, o Pai dos pobres, como alguém que fez de sua vida uma luta permanente em prol das classes menos favorecidas e imprimiu na economia o que hoje vários partidos tentam resgatar como “NACIONAL DESENVOLVIMENTISMO”.

Temos uma eleição pela frente para libertar o Brasil dos opressores, do fascismo, do ódio e de uma economia criminal de Guedes em favor do sistema financeiro. Um Bolsonaro fantoche, debochador da dor de 700 mil famílias enlutadas pela Covid-19, um presidente desmoralizado internacionalmente, 30 milhões de brasileiros com fome, quase 70 milhões em insegurança alimentar, analfabetismo em crescimento e a nossa democracia sendo ameaçada.

Vargas voltou e 1950, democraticamente depois de um exílio, nos braços do povo. Não se rendeu e venceu.


**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.

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