Este 1º de dezembro foi traumático para os trabalhadores da CNN-Brasil – emissora fundada em março de 2020 com o objetivo de disputar o mercado da tevê por assinatura no país.
Por Altamiro Borges
Logo pela manhã, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo recebeu relatos das covardes demissões na empresa do ricaço Rubens Menin, que também é dono da MRV Engenharia.
“Em poucas horas, dezenas de jornalistas que trabalhavam na sede da emissora (localizada na Avenida Paulista, em São Paulo) perderam seus empregos. Números extraoficiais dão conta que cerca de 40 jornalistas da capital foram demitidos – de acordo com informações coletadas com diferentes fontes, mais de 100 postos de trabalho foram extintos nas diferentes praças da emissora”, descreve o site da entidade.
O sindicato solicitou de imediato “reunião de emergência com a empresa, mas não obteve resposta. Assim, representantes da entidade foram até a sede da emissora para cobrar explicações. Como resposta, a CNN não forneceu a quantidade de jornalistas demitidos, mas afirmou genericamente que realizará todos os pagamentos das verbas rescisórias”.
Monalisa Perrone e outros dispensados
A atitude abrupta da empresa configura demissão em massa. “Neste caso, ela estava obrigada a dar ciência à entidade sindical sobre a intenção de demitir, o que não foi feito. Nesta sexta-feira (2), o sindicato organizará uma reunião com os profissionais demitidos para discutir coletivamente a questão e como poderemos agir diante disso... Toda solidariedade aos jornalistas da CNN-Brasil! A hora de lutar por salários, dignidades e emprego é agora!”, conclama a entidade.
Ainda há poucos detalhes sobre as dispensas. Segundo postagem do site F5, entre os demitidos estão a apresentadora Monalisa Perrone – “que havia deixado a TV Globo há três anos” e era “a maior grife do elenco da CNN-Brasil – e os jornalistas Sidney Rezende, Pedro Andrade, Kenzo Machida, Marcela Rahal e Gloria Vanique.
O motivo do facão, segundo a notinha, é “fazer a conta da empresa fechar. A operação vem sendo comandada por João Camargo, novo presidente executivo do canal, que busca estancar os prejuízos da CNN-Brasil até março de 2023. Os cortes atingem também profissionais de bastidores e gastos com viagens e infraestrutura”.
Postado por Blog do Miro às 00:01
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