Sim, estamos. Como assim? Vamos ver as características de uma ditadura: 1. Direitos individuais e suas garantias são violados; estamos num poder judiciário que aceita convicção como prova, seleciona os réus a condenar e protege outros do indiciamento e julgamento; 2. Legisladores por golpe branco tomam o poder de uma presidente eleita sem provas, fazem leis em causa própria; 3.A polícia truculenta mais do que nunca, policia infiltrada nas mobilizações e promovendo atos violentos; 4. Funcionalismo sem pagamento; 5. Previsão de que serão retirados direitos do povo brasileiro por meio das PEC, MPs; 6. Estamos doando petróleo, nióbio; 7. Enquanto o cofre público é sangrado pela corrupção, os politiqueiros ainda concedem favores aos grandes capitalistas, com anistias as suas dívidas, incentivos fiscais; 8. Doamos o petróleo, o manganês, o ouro, diamantes, a água, o ferro, a biodiversidade e terras a estrangeiros: este é o principal motivo para existir uma ditadura em 2016, e por ser um estado de exceção, não há como denunciar o crime de lesa-pátria e combater os traidores de nossa nação.
Temos outros pontos característicos com o nosso passado, da década de 60: a frota americana está em nossas costas, a CIA espiona a Presidência da República e a Petrobrás, temos um magistrado treinado pela mesma agência ou correlata, certas empresas como no passado se beneficiam do dinheiro público, como as organizações globo, o grupo ultra e mais recentemente com a aquisição da Liquigás.
Veja os filmes a seguir:
Cidadão Boilesen - Um dos Empresários que Financiou a Tortura no Brasil
O dia que durou 21 anos
Historia da Rede Globo e a Ditadura Militar- Roberto Marinho Muito Alem
Leiam:
O que fazer?
O militante deve começar sua jornada de luta em sua família, com seus vizinhos de porta ou de rua.
O militante deve levar esclarecimento ao nosso povo quer por meio de conversas, reuniões, levando panfletos, boletins, jornais para distribuição.
O militante deve buscar canais alternativos para amplificar sua voz, buscar rádios comunitárias, jornais de bairro, jornais de esquerda, TVs universitárias, TVs abertas, TVs fechadas, revistas de conselhos profissionais, jornais de sindicatos, jornais dos partidos, sites...
O militante deve participar de eventos públicos em que possa se expressar, panfletar, construir ações e contribuir com a luta de estudantes, trabalhadores, trabalhadores sem terra, sem teto. Hoje, temos um movimento inusitado na história do movimento estudantil: as ocupações das escolas públicas e privadas, muito bem organizado, politizado, mas sem se curvar a uma única bandeira partidária. A organização é horizontal. Há palestras técnicas, políticas, aulões, oficinas, espetáculo cultural, dentre outros eventos abertos ao povo.
O militante deve apoiar os estudantes já!
O militante deve de forma direta ou indireta contribuir para que as organizações operárias, sindicatos ou associações tenham novos adeptos.
O militante deve construir seus planejamentos a duas ou mais mãos, mais não pode esperar que todos estejam prontos para o combate – a luta é imediata e necessária.
O militante deve buscar meios próprios de luta, criar músicas, pintar, construir com suas mãos uma forma de conscientizar pelo tato, pela visão, pela audição levando a nossos irmãos a pensarem, refletirem e se libertarem do plim plim global.
O militante não pode se deter ao mundo virtual, pois estará caindo numa armadilha, o seu público alvo via de regra não tem acesso aos mesmos grupos em que o militante participa, ou seja, este militante vai dialogar com o espelho e não obter êxito na construção de resistência à ditadura.
Claro que o militante utilizará o mundo virtual, mais este não pode ser seu único tablado.
No passado as mensagens eram apenas orais, posteriormente manuscritas, com o advento da escrita tipográfica impressa. Daí os jornais, desde a época da luta pela libertação dos escravos, reuniões secretas eram necessárias, posteriormente as rádios e hoje finalmente a televisão divide seu espaço com a internete nos celulares: precisamos ter estratégias específicas frente a revolução tecnológica.
O militante deve criar abaixo-assinados eletrônicos e os físicos, deve enviar emails e não deixar de fazer mala direta via correios, ter seus grupos nas redes sociais e participar de outros...
O militante deve se utilizar de outdoor, busdoor, taxidoor, camisas, faixas, adesivos para carro, casa, cartazes com as mensagens da luta. A libertação se dá pela informação e reflexão.
O militante deve perceber que há uma carência da história do Brasil ensinada desde o fundamental ao nível superior por centenas de anos, a cada brasileiro, mal informado e o seu publico carece de história e provas irrefutáveis dos fatos, vamos buscar a verdade e compartilhar com nosso sofrido e enganado povo.
O militante deverá passar a denunciar nos organismos nacionais e internacionais de Direitos Humanos as atrocidades que já estão ocorrendo em nosso país, tal como as ações beligerantes dos EUA na ONU, OEA, CE, às Igrejas, Cruz Vermelha ...
O militante também de se instruir dos seus direitos políticos, civis, conhecer o código criminal e o processual criminal.
O militante deve conhecer quais embaixadas e consulados podem lhe fornecer asilo político.
O militante deve ficar atento a que atos deverá participar, quem convoca, quais objetivos do ato, se atentar a quem está do seu lado, nem sempre é um aliado.
O militante deve se preparar para momentos difíceis, deve verificar suas senhas na internete e trocá-las com regularidade, deve verificar se não há escuta em seus meios de comunicação, o mesmo para sua conta bancária, tal como em sua estação de trabalho que contenha computadores corporativos, ter locais alternativos para sua segurança e a de seus familiares.
O militante deve informar seus passos aos familiares ou amigos de confiança.
O militante também precisa se preservar, para lutar o bom combate no dia seguinte.
Luiz Mário N. Dias
As opiniões aqui espostas não significam, necessariamente, a opinião do Blog
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