13/04/2017
Não é porque estamos na semana santa, mas cabe a conhecida expressão.
Lula, não era senão o Presidente da República, ao invés do que proclamam as línguas de má-fé, Lula no centro do esquema de corrupção.
Ficou provada a corrupção sistêmica e a impossibilidade de governar sem corrompidos e corruptores.
De modo que o capital nacional-transnacional e as suas personificações globais, em grande parte do petróleo, são os corruptores. Já os nossos empresários, de forma simples, os corrompidos.
Se a corrupção é definida como as “mais – valias” interna e externa, até as aventuras do capital financeiro especulativo, o governo do PT não coincide programaticamente com ela. Pelo contrário, o seu projeto de governo é avesso à corrupção.
E digo projeto de governo, não de poder. Ao não se chegar ao poder, que não se chegou, revela-se o perfil da conspiração que manteve o círculo vicioso latino-americano.
E a corrupção surge conjuntural, a politizar acusações contra a sua solução, aliás nunca absoluta - ela só pode ser minimizada – obstando as reformas estruturais, porque visando a desigualdade social.
Atém-se à “legalidade a qualquer custo”.
O alvo da retórica passa a ser, paradoxalmente, o maior inimigo do corrupto. E ele é Jesus...
Por outro lado, ao se expor escandalosamente a nu o corpo dos malfeitos, isola-se em sua ilegitimidade o outro lado da questão.
A chapa única que o elegeu está a cobrar-lhe a renúncia. Mas não quer “paralisar o Brasil”, já imóvel em sua perplexidade.
Aqui, postula-se, age em nome da governabilidade, mas ela não existe sem a democracia e a representação em crise institucional urge pelas eleições diretas, pois a quem iremos ainda, pelo caminho indireto?
Sinto-o como o sustentáculo que mantém de pé, o último gancho onde se pendura, o covil onde se oculta - o governo completamente desmoralizado.
Mas, não no verbo corromper, no verbo representar o povo. E todo o povo. Seria ilógico entender exista representação corrompida, já que bem definimos o que seja corromper.
Nem representação corrompida, nem governabilidade não-democrática, afinal, por melhor digamos : “ todo o poder emana de todo o povo”.
Se não chegou ao poder, como pode o PT ser acusado de “projeto criminoso de poder” ?
Por outro lado, se o capital persiste no poder, como não admitir que ele, enquanto vitorioso, é que detém o atributo !
E se um é Jesus, o outro é Barrabás !
Não seria assim ?
Fernando Neto
Ilvaneri Penteado - Jornalista - Rio de Janeiro
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