domingo, 10 de julho de 2016

Com muita sede ao pote...

Quando FHC falava que queria acabar com a lembrança da era Vargas, eu achava um absurdo e reagia bravo. O mesmo quando propôs a "flexibilização" da CLT, maneira elegante de dizer que iria cortar direitos dos trabalhadores, e muitos. Novamente, o Zé aqui ficava bravo. 

Mas, o tempo passou, a Poupança Bamerindus ficou numa boa (para os donos do Bamerindus, claro), e veio o período onde os direitos sociais e do trabalho mais avançaram em toda a história do Brasil. Poderiam ter avançado mais? Claro que sim. Se o PT não tivesse se encantado com a vida da burguesia, não caísse no conto do Azeredo que, dizem, através do Virgílio Guimarães repassou o esquema Marcos Valério de Caixa 2. Tudo bem, a burguesia sempre fez o caixa 2, mas, nós não somos a burguesia. Logo, claro que não podemos fazê-lo, pois dará, obrigatoriamente, zebra, como deu, aliás. 

E, se fizermos as mesmas trapalhadas dela não haverá diferença entre operário e burguês. E, pior ainda, se formos trouxas, tontos, o suficiente para achar que quem nos está passando uma batata quente é bonzinho, que não está colocando uma corda em nosso pescoço para puxar depois, é acreditar em Papai Noel. 

Depois de tudo isso, dos avanços sociais e econômicos, promovidos pelos governos petistas, pela colocação do Brasil no pódio da política externa, pelo Mercosul, Unasul e Brics para ficar só por aqui, vinha vindo o pior e PT e petistas nem tchum para o pepino que voava em direção à esquerda. 

Uma parte da esquerda que, se julgava mais sabida do que nós até entrou para o coro do Fora Dilma. Santa ingenuidade... É o que dá não estudar história. Nessas ocasiões, quem leva ferro, inexoravelmente, são os trabalhadores e a esquerda. Mas, desde minha infância assisto a tais baboseiras que, nunca acabam ao contrário se perpetuam ao longo do tempo... 

Agora, não. Não dá mais para ninguém ficar em cima do muro. O fascismo golpeou. Não através dos métodos clássicos usados e abusados durante a segunda metade do século passado, "manu militari". Descobriram uma nova via de safadeza com o Golpe de Honduras. Uma conjuração armada entre Judiciário, Mídia, Latifundiários, banqueiros, e outros. Orientados por quem? Por uma embaixadora dos Estados Unidos que, de lá se transferiu para o Paraguai armando para cima do Lugo o mesmo golpe de Honduras. E, de novo, ela veio para cá e con$eguiu capitalizar gregos e baianos para aplicá-lo aqui. 

Assim, capitaneados por Globo, parte do Judiciário, parte da Polícia, parte do Ministério Público, trabalhou unidos e firmes para substituir Dilma por um governo civil de direita. 

Nem os militares saíram pela ai, oferecendo aos Estados Unidos a Petrobrás, já devidamente desmoralizada e avariada por essa parte dos agentes públicos acima mencionada, com o mimo do Pre-Sal junto. 

O governo golpista de 64 retirou a liberdade sindical, proibiu os verdadeiros sindicalista de dirigirem as entidades de trabalhadores, mas nunca ameaçou a CLT. Botou o confisco salarial para funcionar, mas nunca propôs a jornada de 16 horas de trabalho por dia, enfim, fez muita coisa errada, mas, nem se aproximou em reacionarismo do governo dos padres e pastores que temos aí. 

E, lá vem chumbo rapaziada. Se a as Centrais Sindicais e seus sindicatos, a Frente Brasil Popular, a Frente Povo sem Medo, o MST, o MTST, e as demais entidades, sindicais e do movimento popular não conseguirem botar um paradeiro nisso, as riquezas nacionais serão entregues ao capital norte-americano. Voltaremos ao século XIX, pois, nos primeiros anos do século passado, meu pai trabalhava 12 horas por dia e achava demais, claro. Hoje, têm a cara de pau de propor 16!!! 

A reação está vindo com muita sede ao pote. Cuidado trabalhadores! 
José Augusto Azeredo





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