Por HS
13 Outubro, 2016
Se você já assistiu ao filme “Transcendence – A Revolução”, vai entender do que estamos falando.
Assim como o personagem de Johnny Depp, um famoso pesquisador sobre inteligência artificial, decide testar uma máquina consciente que conjuga informações sobre uma variedade de emoções humanas usando dados sobre si mesmo, continuando “vivo” depois de morrer, uma programadora russa usou a tecnologia para continuar conversando com seu melhor amigo falecido em um acidente de carro.
Eugenia Kuyda é cofundadora e CEO de uma empresa chamada Luka Inc, que recentemente trouxe seu melhor amigo de volta à vida como um chatbot de inteligência artificial (IA).
Kuyda perdeu seu colega empresário Roman Mazurenko em novembro de 2015. Apenas três meses depois do trágico acidente, ela enviou a primeira mensagem de texto a sua personalidade IA.
Sem túmulo para visitar, porque ele tinha sido cremado, a russa decidiu usar toda a memória digital de Roman, incluindo fotos, reportagens e milhares de mensagens de texto que eles trocaram ao longo dos anos, e alimentá-la em uma rede neural para criar um robô que muitos dos que conheciam o jovem dizem que soa exatamente como ele.
Experiência estranha
A equipe do Luka conseguiu construir um modelo de diálogo usando conjuntos de dados em cima de uma rede neural. Assim, você pode fazer uma série de perguntas ao bot Roman, e ele responde como o russo normalmente responderia.
Qualquer um que fizer o download do aplicativo para iOS do Luka pode conversar com um avatar digital de Roman em inglês ou russo, simplesmente adicionando @Roman.
Muitos dos amigos de Mazurenko já tentaram conversar com a criação de Kuyda e relataram que o IA soa irritantemente como ele.
Alguns acham o chat terapêutico, enquanto outros descrevem-no como assustador.
Mesmo os pais de Roman têm diferentes opiniões sobre o avatar. Sua mãe declarou se sentir sortuda por ter esse tipo de tecnologia disponível, acrescentando que, ao ler suas respostas às perguntas, ela sente como se estivesse aprendendo mais sobre seu filho.
Seu pai, por outro lado, acha difícil conversar com um programa de computador que soa muito parecido com seu filho na maior parte do tempo, mas às vezes responde incorretamente e lembra que ele é realmente só isso: um programa.
(dr) Stampsy
Ciberia
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