Bocejos são vistos como um sinal de cansaço, aborrecimento ou de sonolência pela sabedoria popular. Para os cientistas continuam a ser um grande mistério, mas há um estudo que constatou que podem estar relacionados com o grau de inteligência.
A extensão do bocejo está relacionada com o peso do cérebro e com quantos neurônios ele tem, considera um estudo publicado na revista Biology Letters. De acordo com esta teoria, quanto mais longo o bocejo, maior o cérebro.
A pesquisa apurou que a extensão dos bocejos permite prever com precisão o tamanho do cérebro de um animal, uma ideia que os pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Nova York, em Oneonta, nos EUA, acreditam que pode também, ser aplicada aos humanos.
Os psicólogos Andrew Gallup, Allyson Church e Anthony Pelegrino analisaram vídeos de YouTube com gatos, cães, gorilas, raposas, camelos, cavalos, ratos e outros animais, medindo os respectivos bocejos.
Foi assim, que concluíram que os bocejos mais longos são os dos humanos, enquanto os mais curtos foram dos ratos e dos coelhos.
Mas esta não é a única teoria que existe sobre os bocejos. Um outro estudo, publicado na revista Physiology & Behavior e que contou também com a participação do psicólogo Andrew Gallup, concluiu que bocejamos para refrescar o cérebro.
Em um artigo para o Academic Minute, Andrew Gallup explica que “quando se boceja, a mandíbula aberta aumenta a circulação no crânio, bombeando sangue quente para fora do cérebro”.
“Ao mesmo tempo, inalar profundamente traz uma onda de ar para as cavidades nasal e oral, esfriando as artérias cranianas por convecção. Estes dois processos dissipam o calor da mesma forma que um radiador esfria o motor de um carro”, explica o psicólogo, que está envolvido nas duas teses.
Se nem os cientistas se decidem quanto à verdadeira razão dos bocejos, é certo que vão continuar sendo um mistério – pelo menos por enquanto.
Também é certo que os bocejos são contagiosos – e foi por isso que, provavelmente, bocejou quando viu a imagem que ilustra este texto. Mas não se assuste, é algo tão natural que até os lobos são sensíveis ao contágio dos bocejos.
// ZAP
Ciberia
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