Tal
como exposta, a matéria abaixo pode levar à conclusão simplista de que o
Parlamento, junto com ele a Democracia, custam muito caro ao cidadão. Daí que,
pode levar a uma outra conclusão mais catastrófica ainda: melhor acabar com o
Parlamento e aplicar o bilhão lá consumido em gastos outros para a população.
O
problema é que, nunca ouvi falar que as ditaduras gastassem mais verbas com o
social. Das que eu conheço apenas a Ditadura do Proletariado fazia isso, até porque,
no socialismo não existe propriedade privada dos meios de produção.
Logo,
não existindo classes dominantes proprietárias desses meios, não haveria como gastar
com elas, como se faz no capitalismo, assim, todo o Orçamento do Estado se
destina a gastos com a população: operários, camponeses, burocracia estatal,
militares e camadas médias da área de serviços.
O
pior dos Parlamentos, como o atual Parlamento Brasileiro, a pior das
Democracias são infinitamente melhores que as ditaduras.
O
que se pode inferir da matéria "Senado e Câmara custam R$ 1,16 milhão por
hora aos cidadãos brasileiros" é que os cidadãos brasileiros votam sempre
e nas últimas eleições capricharam, em escolher não Parlamento, mas algo que
não encontro no momento adjetivo adequado para qualificar.
Uma
coisa é certa, os atuais parlamentares não caíram do céu nem vieram de Marte:
foram escolhidos pela enorme quantidade de trouxas induzidos pela Mídia das 6
Famílias. Se votamos mal, se escolhemos errado, o resultado não poderia ser
outro.
Mas,
tudo isso está longe de significar que sem Parlamento é melhor. Não é
não.
Qual
a solução? Muito simples, basta votar em quem tem um presente e passado
comprovados de trabalho em defesa dos direitos dos trabalhadores, das mulheres,
dos índios, dos negros. E de minorias sociais. Com esse pessoal, é possível
evitar essa "farra do boi", acabando com privilégios odiosos, gastos
supérfluos, exibição de luxo, e outros.
Dessa
forma, o povo terá Parlamento bem menos custoso financeiramente falando, e com
uma eficiência multiplicada por mil.
É
só não votar em "cacarécos", “tiriricas” e outros bichos parecidos
que a coisa melhora. Agora, se você quer se vingar dos "Políticos"
votando nos porcos, como diria minha falecida mãe, "quem anda com porcos
farelos come". Ou seja, a culpa é do eleitor trouxa que vai pelo papo mais
que furado da Mídia...
José Augusto Azeredo
A seguir a matéria acima intitulada:
O bilionário custo do Legislativo
O Senado e a Câmara dos Deputados, juntos, custam R$ 1,16 milhão por hora aos cidadãos brasileiros, em cada um dos 365 dias do ano. A conclusão é da organização não governamental (ONG) Contas Abertas, divulgada no sábado (29). O custo inclui fins de semana, recessos parlamentares e as segundas e sextas-feiras, quando os parlamentares fazem o vai-e-vem entre Brasília e suas bases eleitorais.
A espantosa cifra também inclui os salários. Cada deputado recebe salário bruto de R$ 33,7 mil – os 513 custam, com seus ´staffs´ e despesas, em média, R$ 86 milhões ao mês. Cada um dos 81 senadores também tem salário bruto de R$ 33,7 mil – e aí se vão, só para eles, R$ 2.729.700 mensais.
Segundo o fundador e secretário-geral da ONG, Gil Castello Branco, o levantamento dá ao cidadão “a dimensão exata de quanto custa nossa representação”. Cada deputado pode ter 25 assessores; um senador chega a 60, inclusive no seu próprio escritório de representação.
A cifra anual de todos os desembolsos, nas duas Casas legislativas, é de R$ 1,016 bi.
Gil Castelo Branco reforça que os abusos, verificáveis em todos os Poderes, têm o aval do presidente Temer. “Os dados do orçamento estão na Lei Orçamentária Anual, sancionada pelo Presidente da República. Temos criticado os 60 dias de férias da magistratura, os penduricalhos, os benefícios fiscais, etc. Quando há um déficit de R$ 139 bilhões e o orçamento da saúde é de R$ 125 bilhões, o natural é que se tente reduzir essas despesas em todos os Poderes.”
Contrapontos
A Agência Brasil solicitou às duas Casas do Congresso que comentassem o levantamento.
• A Câmara dos Deputados sustentou que “configura equívoco calcular as despesas a cada hora, com base na mera divisão do valor total de seu orçamento pela quantidade de horas ao longo de um ano, na medida em que a previsão descrita no Orçamento da União abrange despesas relacionadas tanto a custeio quanto a investimento”.
E arrematou que “a partir do raciocínio utilizado, é possível concluir, por exemplo, que o Poder Legislativo custa, por cidadão brasileiro, cerca de meio centavo de real por hora ou R$ 48 por ano”.
• A seu turno, o Senado economizou… na resposta.
Em rebate ao levantamento, a argentária Casa se limitou a mencionar que seu “Portal da Transparência foi visitado mais de 743 mil vezes no ano passado – e que o número de acessos subiu 55,1%, em relação a 2015”.
E por aí ficou.
Réplica
O secretário-geral da ONG Contas Abertas rebateu os dois contrapontos.
Disse que “é claro que tem que ser calculado o custeio com os funcionários, água, vigilância, cafezinho, papel, computadores, as obras, os automóveis, a manutenção dos imóveis funcionais. É um cálculo simples. É o orçamento anual das casas dividido por 365” – afirmou.
Assim se calcula o gasto diário. Aritmeticamente correto!
A cachorrada
Ontem (31) logo depois da repercussão sobre o volume das torneiras financeiras abertas na Câmara e no Senado, uma historinha grassou na “rádio-corredor” do Conselho Federal da OAB. Retrata um suposto encontro informal no Congresso.
Personagens: um engenheiro, um economista, um químico, um analista de T.I. e um político. Todos acompanhados de seus respectivos cachorros.
Vale a pena ler o enredo, nesta edição do Espaço Vital, o Romance Político que, apropriadamente, nesta terça-feira substitui o habitual Romance Forense.
Informar Jurídico
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