sexta-feira, 7 de junho de 2019

HISTÓRIA : Memorial das Lutas e Ligas Camponesas



O Memorial das Lutas e Ligas Camponesas, com base na comunidade de Barra de Antas, no município de Sapé, Paraíba (Brasil), foi fundada em 2006 na casa onde viveu a família de Elizabeth e João Pedro Teixeira dois líderes das Ligas Camponesas que foram perseguidos e tiveram suas histórias truncadas pela ditadura militar brasileira.


Esta instituição museológica nascido dos esforços de um coletivo de trabalhadores no campo, com a colaboração efetiva de agentes pastorais (principalmente da Comissão Pastoral da Terra - CPT) militantes campo popular movimentos sociais, professores e estudantes extensionistas ligados à Universidade Federal da Paraíba e outros profissionais comprometidos com a causa camponesa e com a preservação da memória.

Entre seus objetivos, vale destacar:

- Desenvolvimento de ações técnicas referenciadas na perspectiva histórica e sócio-antropológica, priorizando a preservação, resgate e disseminação das Ligas Camponesas;

- Elaborar e implementar ações programáticas sob a abordagem preservacionista, orientada para a valorização da cultura local;

- Promover atividades de integração social nas escolas, comunidades e entidades similares;

- Promoção de projetos para implantação de turismo cultural, cursos e atividades artísticas;

- Implementação e desenvolvimento de processos museológicos inerentes à identificação, estudo, conservação, documentação, exposição, ação sócio-educacional-cultural das expressões materiais que se referem às Ligas Camponesas;

- Criação de monumentos para a preservação da memória das lutas no campo.


Para tanto, em seu programa de ação educativa, além das visitas mediadas no Memorial, que atualmente são realizadas por agricultores voluntários, desenvolve ações de:

- Sensibilização junto aos trabalhadores do campo, especialmente as novas gerações de campos e assentamentos da reforma agrária, com base nos trabalhos de Educação Popular e Extensão Popular, realizados em assentamentos na região, como um compromisso efetivo a promoção e solidariedade com a causa camponesa;

- Criação de um programa de formação continuada com os trabalhadores, tanto do ponto de vista formal (por exemplo, através da criação, em Barra de Antas, de uma unidade da Escola Agrícola Familiar) como não-formal, com formações diversas, como economia solidária;

- Busca por alianças com grupos envolvidos com pesquisas e estudos que priorizem conhecimentos e práticas camponesas contextualizadas.

Boletim Núcleo Memória - Maio 2019

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