sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Editorial Folha Metalúrgica : Fortaleça a luta por direitos

Entre as ações mais necessárias para o país retomar o desenvolvimento industrial está a mobilização da classe trabalhadora, mostrando indignação contra o desalento do desemprego, contra a falta de políticas públicas que contribuam com o avanço social.


Vivemos um dos piores índices econômicos e sociais no Brasil e justamente por isso, precisamos deixar “o pessimismo para dias melhores”, como diz o escritor Frei Betto.

Agora, é momento de luta, de reivindicar. Não é porque você tem um emprego que vai deixar de ter voz ativa. Mesmo porque nesse cenário o emprego de ninguém está garantido.

As negociações da Campanha Salarial deste ano estão ainda mais difíceis por conta das ameaças do setor patronal, que não se contenta em ter conseguido precarizar o trabalho, gerando contratos intermitentes, terceirizando, etc. Agora, ainda querem rebaixar o piso, porque acham que o salário normativo dos metalúrgicos da CUT de São Paulo é muito alto.

Não se trata de ser alto. Trata-se de um histórico de luta pela garantia dos direitos. Nossa Central combate o retrocesso, somos contra aceitar o trabalho análogo ao da escravidão. A classe trabalhadora merece respeito e dignidade.

Por isso, os entraves estão ainda fortes em pleno fim de setembro. A pauta de reivindicação da Campanha foi entregue em julho, os sindicatos, como SMetal, junto com a FEM/CUT, estão atuando pela manutenção das cláusulas sociais por meio da renovação da Convenção Coletiva (CCT).

Como o secretário de organização do sindicato, Izídio de Brito, vem alertando, estamos próximos dos 90 dias desde a entrega da pauta e continuamos firmes compondo mesas de negociações, cobrando aumento real e a CCT para a categoria não ficar desprovida de benefícios e direitos.

O que vemos é um desrespeito por parte das bancadas patronais, como o Sindipeças que quer repor a inflação somente. Nosso Sindicato é a entidade que representa os interesses dos trabalhadores, os sindicatos deles (porque eles também têm sindicatos) representam os patrões.

Nossa categoria é muito maior e nossa pressão pode contribuir para avanços. Converse na fábrica sobre a atuação do sindicato, procure um membro de Comitê Sindical de Empresa (CSE), ou diretamente a sede do sindicato. Informe-se e mobilize-se sobre o que está em jogo.

Conheça as pautas que defendemos e junte-se ao Sindicato para fortalecer a luta por emprego, direito e dignidade!

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