No dia 3 passado perdemos a Kika.
Yuri você lembra quando um dia estávamos assistindo ao filme Marley e Eu, você na sua casa e eu na minha e choramos, tendo o Yvon tirado o maior sarro em nós dois?
Foram quase 15 anos de convivência, pois em outubro próximo, num dia que não lembro, ela veio morar conosco.
Ela completaria esse tempo de vida no dia 30 próximo, 15 anos.
Mas estava com um câncer que se agravava rapidamente e não tinha como ser extirpado. No dia 3 chegou ao fim.
O Jaguar, um forte e valente pastor que possuíamos morreu naquele mês e ano, e, ao levarmos seu corpo para ser incinerado na Clínica Veterinária do Salvador Fidelis, uma Veterinária que lá estava ofereceu-nos vários cães abrigados por eles e que, sem dúvida, se ninguém os quisesse adotar seriam sacrificados.
Numa caixinha, a primeira na fila dos que iriam morrer estava uma cadelinha com 3 meses de idade, que atacou um cão Rotwiler que lhe arrancou um lado da boca.
O seu proprietário levou-a até a clínica, mandou fazer uma cirurgia, mas não a quis mais porque ficara “muito feia”. E assim, as pessoas que por lá passavam não a adotavam por esse mesmo motivo.
Quando eu disse que preferia aquela cadelinha Fox Paulistinha ou Terrier Brasileiro, a Veterinária não acreditou, mas estava decidido pela Kika.
Troucemo-la para casa.
Chegando aqui, assim que a libertamos daquela gaiolinha ela começou a correr de uma ponta a outra do terreno nos sentidos norte/sul e leste/oeste com toda a velocidade e alegria.
Por fim cansou e deitou na garagem. Ai pudemos oferecer a ela água e comida.
Tínhamos aqui uma filhote de Akita. Enquanto ela era pequena a Kika abusava, espalhando o rabo dela para deitar em cima, como ela fazia antes com a cadela pastora Bali. Tamashi, este era o nome da filhote também aceitava tais imposições da valentona. Um dia ela se tocou que podia enfrentar a Kika e aí foram anos de guerra entre as duas, até 2017, uando a Tamashi morreu.
E quem saia perdendo nessas guerras? Eu que intervia para apartar e, enquanto segurava uma delas a outra mordia minha mão...
Ninguém a vencia na corrida para latir no portão. O Joji, quando alguém lá passava corria para o portão, mas, ela saia depois e chegava antes dele. Por isso, às vezes apanhava do Joji. Mas, na maior parte do tempo conviviam bem.
Pena que a Kika se foi. Estamos todos muito saudosos dela. Eu, então, sou o campeão das saudades.
Até nunca mais Kika, adoro você!
Zé Augusto

Belíssima estória de convivência, aceitação, admiração e, amor!!!!
ResponderExcluirObrigado, amo os animais, os seres humanos, enfim todos que vivem neste mundo. Por isso, meu amor pela Kika
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