segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Nosso povo e a pandemia


Através de atitudes de amigos e parentes, do noticiário da Internet, da cessão das autoridades diante da pressão dos empresários, da necessidade dos pobres ganharem algum para seu sustento, vejo que o confinamento diante da pandemia começa a fazer água, indo pro ralo.


Principalmente no Brasil e EUA onde a segurança da saúde do povo não povoa as preocupações principais das autoridades, o número de mortos e infectados sobe velozmente.

Governos e empresários não estão nem aí porque, o número de desempregados é grande, desse contingente sairá os que substituirão os contaminados e mortos. Pensam eles que infinitamente. Penso eu que até a consciência dos trabalhadores se inflamar e acontecer uma insurreição.

No Brasil, por exemplo, temos 14 milhões de desempregados. Se morrerem 3 milhões de trabalhadores, ainda sobrarão 11 milhões no exército industrial de reserva. Só isso...

Mas, governos e patrões não acreditam nisso, e acham que dá para tocar indefinidamente assim.

Lendo cientistas e historiadores vemos que essa Pandemia é única nos últimos 200 anos ou mais. Segundo eles nada indica de que haverá um achatamento do pico em breve e, consequentemente, a curva começar a descer.

Na China, onde o governo tem condições de decretar o confinamento de mais de 50 milhões de pessoas por 60 ou mais dias, a doença foi inicialmente contida, mas voltou a subir, inclusive naqueles locais onde o confinamento deu resultado inicial.

Se lá, na Europa e outros lugares onde houve inflexão da curva, mas depois superada por nova onda foi assim, ou seja, não se consegue domar a fera, imaginem vocês no Brasil do Bolsonaro ou nos Estados Unidos de Trump...

Hoje, dia 3 de agosto, temos os seguintes dados:

Brasil 300.975 infectados e 8.168 mortos

Estados Unidos 4.479.138 infectados e 157.179 mortos.

Só...

São os campeões mundiais de infecções e mortes, e não perderão o posto para ninguém enquanto seus governos não mudarem de atitude ou forem mudados...

Já passou da hora de seguirmos o conselho de Eduardo Suplicy e instituirmos a renda mínima de 1 salário mínimo. Ah, o Guedes dirá que não existe dinheiro para isso. Mas a Casa da Moeda pode emitir os milhões que forem necessários para isso.

Volto a repetir, nosso povo, por necessidade de dinheiro, e por puro relaxamento por outro lado, está afrouxando ou abandonando o confinamento. Até um dos meus filhos foi viajar pela ai...

Vamos pagar um preço muito caro, tão caro que não dá para imaginar quanto...

Quem viver verá!
 Zé Augusto

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