segunda-feira, 10 de agosto de 2020

O confinamento e nós

Acho que no sábado ou sexta passados li matéria postada por pessoa amiga na qual fala que sofreu um ataque de certo desânimo diante dos meses e meses de isolamento.


É natural que isto ocorra e, num dia desses, talvez no mesmo da pessoa amiga, à noite vendo TV assaltou-me, também, igual sentimento.

Nunca, nenhum de nós, atravessou tão grande período de distanciamento em relação às pessoas amigas e conhecidas. Aqueles que seguem com rigor o confinamento, e eu sou um deles, tendem a sentir tais dificuldades.

Acho que, nos últimos 200 anos a humanidade não conheceu pandemia tão demorada e de tal gravidade. Então, isto nos atinge a todos fortemente.

Os irresponsáveis que gostam de tomar umas e outras e jogar conversa fora nos bares e logradouros públicos, somados aos pobres que precisam trabalhar e, para isso, têm de tomar ônibus, trens e metro, por isso mesmo, sujeitam-se a contrair e transmitir mais facilmente a covid-19, levando-a para seus lares e infectando esposas, filhos, pais e parentes.

Esta á a sina dos pobres que precisam ganhar o pão de cada dia.

Existe uma medida que o Governo poderia adotar para minorar o sofrimento do povo. Se tivéssemos na Presidência da República um trabalhador, um operário que já enfrentou vida sofrida penso que, ele sem dúvida decretaria a concessão imediata de um salário mínimo para, quando nada, os 80 milhões de brasileiros que constituem a Força de Trabalho.

Aí, os paulos guedes da vida, a classe média rentista mais banqueiros, latifundiários e empresários começariam a gritar que o Governo não tem esse dinheiro.

Eu digo que sim, que tem. Basta rodar as guitarras da Casa da Moeda e imprimir quanto for necessário para socorrer o povão desvalido.

Mas, aqueles que moram na Barra no Rio de Janeiro, bairro dos ricaços, do 1% da população,  e comemoram a vitória do Palmeiras enquanto o país ultrapassa a marca dos 100 mil mortos pela covid, devem pensar que os trabalhadores e suas famílias que se danem para não dizer uma palavra feia.

Então gente amiga, em 2022 vê se esquece a Globo e vote com atenção, de olho nos seus interesses, para não dar bis em desgraça.
 Zé Augusto

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