"Naquele longínquo oito de março dezenas de milhares de mulheres indignadas paralisaram o trabalho e marcharam pelas ruas da cidade com cartazes que diziam “Pão para os nossos filhos!” e “Retorno de nossos maridos das trincheiras!”. A Rússia czarista estava mergulhada na sangrenta Primeira Guerra Mundial e colhia resultados bastante negativos. Milhões morriam ou eram feridos nos campos de batalha. Nas cidades reinavam a fome e a miséria", lembra o historiador Augusto César Buonicore
8 DE MARÇO DE 2017 ÀS 12:06 // 247 NO TELEGRAM // 247 NO YOUTUBE
Por AUGUSTO C. BUONICORE - Naquele longínquo oito de março dezenas de milhares de mulheres indignadas paralisaram o trabalho e marcharam pelas ruas da cidade com cartazes que diziam “Pão para os nossos filhos!” e “Retorno de nossos maridos das trincheiras!”. A Rússia czarista estava mergulhada na sangrenta Primeira Guerra Mundial e colhia resultados bastante negativos. Milhões morriam ou eram feridos nos campos de batalha. Nas cidades reinavam a fome e a miséria.
Naquele dia paralisaram cerca de 90 mil trabalhadores. A manifestação das operárias foi tão impressionante – e o czarismo estava tão desmoralizado–que os próprios soldados se recusaram a reprimi-la e alguns aderiram a ela. Nos dias que se seguiram uma greve geral paralisou toda a cidade e se espalhou pelo país. As proibidas bandeiras vermelhas voltaram a tremular nos bairros populares. Foram recriados os sovietes de operários e soldados. Era o fim daquele regime opressivo e secular, que cairia dentro de alguns dias.
Brasil 247
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